sábado, 23 de novembro de 2013

O Homem é aquilo que a educação faz dele


 Por José Eugênio Castro Fernandes

INTRODUÇÃO:
A educação é uma exigência da vida em sociedade. Entre as diversas teorias que procuraram definir o conhecimento aparece a do filósofo Kant que sendo um dos pensadores da modernidade propõe à educação um meio, um instrumento para o homem chegar ao cerne mais profundo do “HOMEM”, através de seus pensamentos. Nos sugere que o homem necessita, diferentemente dos animais que precisam somente de nutrição e “cuidados”, e estes cuidados são a forma como seremos educados, e o resultado veremos no produto final, o homem.

Observando os fatos históricos e filosóficos percebemos que muitas das idéias de Kant estão bem atuais, necessitando que alguém as tome na prática para realizar uma educação mais centrada nos educandos e preparando-os para serem felizes, não somente no lugar onde se encontram, mas cidadãos do mundo.  Este artigo pretende analisar a frase de Kant: “O homem é aquilo que a educação faz dele”. O filósofo afirma ainda que somente através da disciplina e moralidade, chegaremos a uma humanidade mais feliz e respeitosa com a coletividade.

DESENVOLVIMENTO:
A Educação ensina as pessoas a viverem em sociedade. Tudo o que se aprende e vivencia,  agrega conhecimentos. Podendo ser transmitida através da oralidade e ou escrita, ao longo do tempo, quando questionada e vivenciada faz parte do conhecimento. Porém este processo não é possível individualmente, mas sobre os resultados dos conhecimentos produzidos em nível social. Encontramos a seguir a pedra ângular do pensamento pedagógico de KANT (1996, p.19):

 “A educação é uma arte, cuja prática necessita ser aperfeiçoada por várias gerações. Casa geração, de posse dos conhecimentos das gerações precedentes, está melhor aparelhada para exercer uma educação que desenvolva todas as disposições naturais na justa proporção e de conformidade com a finalidade daquelas, e, assim, guie toda a humana espécie a seu destino”.

 A partir desta frase, podemos entender o que é educação na concepção do filósofo Kant, mas para nos aprofundarmos nos seus ensinos será necessário respondermos algumas questões: o que é conhecimento? Como se fundamentou as reflexões sobre o papel da educação neste processo? Quais as contribuições do filósofo Kant para a Educação? Acredito que ao respondermos estas questões, poderemos aprofundar nossos conhecimentos, analisando a frase de Kant quando afirma: “O homem só pode tornar-se homem pela educação”. Somos convidados a refletir sobre a constante busca do homem para encontrar respostas, a estes e a outros questionamentos e pensamentos, então como diz o próprio Kant, “Não há filosofia que se possa aprender; só se aprende a filosofar”. PILETTI(1991).

 Para se viver bem, é necessário ter uma boa educação, adquirir conhecimentos para que munidos de informações todo homem possa viver melhor, sobreviver e ter dignidade. E neste processo atribui-se a Filosofia as muitas formas de pensar a educação, inclusive como um instrumento de transformação social, concorda-se com LUCKESI (1990, p. 33) quando afirma que, “a reflexão filosófica sobre a educação é que dá o tom a pedagogia, garantindo-lhe a compreensão dos valores que, hoje, direcionam a prática educacional e dos valores que deverão orientá-la para o futuro”. Entende-se que o conhecimento é uma concepção da filosofia que deve ser exercida na prática para conseguir bons resultados na vida.

 A contribuição da Filosofia se difere da ciência porque necessita da História. Ninguém pode iniciar um processo filosófico a partir do nada. É um eterno somar de contribuições de cada filósofo onde cada um ajuda na construção do conhecimento, que se refletirá na experiência humana, sempre direcionando as contribuições para a felicidade das novas gerações indo de encontro com o pensamento do professor japonês MAKIGUTI (2004: p.23)
 “O objetivo da educação é preparar as crianças para se tornarem células responsáveis e saudáveis no organismo social, a fim de contribuírem para a felicidade da sociedade e, com isto, encontrarem sentido, propósito e felicidade em suas vidas”.

 As teorias sobre o conhecimento que se desenvolveram na Antiguidade e na Idade Média não colocavam em dúvida a possibilidade de conhecer a realidade tal qual ela é. Contudo o Renascimento, a partir do século XVII, Kant superando as teorias empiristas e racionalistas, propõe uma reforma, afirmando que o conhecimento só é possível por duas fontes: sensibilidade e entendimento. A sensibilidade representando a matéria e o entendimento o conhecimento.

 As contribuições foram significativas neste processo. Sendo um marco a participação do Filósofo Immanuel Kant (1724-1804), alemão, considerado o último grande filósofo da era moderna. Ele defendia que a única saída para o homem era o conhecimento. Afirmava que o homem tinha preguiça de pensar, além de ser comodista. O homem não conseguiria sair da menoridade sozinho. Reforçando que o homem assim como uma criança:  cresce e amadurece, tornando-se consciente da força e da inteligência para fundamentar sua própria maneira de agir. Sem a doutrina ou a tutela de outrem.

 A educação foi a grande preocupação de Kant. Nas reflexões sobre a Educação trata sobre o assunto com muita dedicação. Defende a idéia de que o homem é o senhor de seu destino, mas não é nada sem a educação, afirmando que o homem é a única criatura que precisa ser educada. Sem a educação provavelmente estaria de lado, assim como qualquer animal irracional. Definindo filosoficamente o homem e sua necessidade da educação, ou como ele prefere chamar de necessidade metafísica, adquirindo educação o homem moralmente se torna homem, pela vertente da moralidade.

 A Educação é responsável pela formação e transformação do homem fazendo-o exercitar a liberdade e autonomia, podendo se humanizar. Sendo necessário ainda, que o homem se transforme pela disciplina, ou fazer uso de um “conjunto de regras éticas para atingir um objetivo”, definido por TIBA (1998: p.113). A disciplina é adquirida, definindo o papel do homem na terra: a busca da liberdade e da moralidade.

 Para Kant todo homem tem necessidade de ser educado, pois nasce num estado bruto e precisa formar sua conduta (1996: p.12). Para se moldar precisa da educação. “A educação é o vetor do progresso, ela fornece a base para a esperança num plano de conjunto da evolução humana, de um progresso geral rumo ao melhor”, como acredita MENEZES (2000:p118). Quando o homem acostuma-se com a liberdade de nada fazer, ou à sensação de que tudo pode, da ausência de limites, torna-se difícil educar.

Kant acredita que a educação deve iniciar antes da escola, em casa, com os pais, porém ele critica que muitos pais só pensam em posição social A criança deve aprender a não contrair alguns vícios e que não deve ser muito protegida, pois deve aprender por si própria. É importante pensar neste papel da família em nossos dias, a família tem uma função neste processo que não pode ser repassado para a escola. Pois esta, sózinha, não tem como atuar como deveria, sendo necessário a parceria: escola x pais numa continua interação.

 Na escola a criança irá aprender conhecimentos que a ajudarão em sua moral. A educação escolar está submetida a regras e estas irão ajudar na boa formação do educando. Quando temos que cumprir com nossas obrigações. A instituição escolar lembra a cultura escolástica, sendo como um trabalho para a criança. Neste momento que aprende o que se pode e o que não se pode fazer, fazendo com que estas, assumam a responsabilidade pela própria vida.

 Vemos refletido na sociedade, principalmente nas escolas a violência, a falta de disciplina, agressões, bullying, etc. Chegamos num mundo onde ninguém respeita ninguém e a escola poderá de alguma forma colaborar neste processo se puder ser mais humanizadora e construindo junto com o seu alunado as normas que a regem, não mais impostas como num regime militar,  propiciando ao aluno participar do processo desta construção ele poderá multiplicar a educação recebida para outras gerações.

Cabe ao educador fortalecer a idéia de sujeito no educando, na criação do homem por ele mesmo, visando formar e transformar a sua natureza. A Educação é uma porta para a cidadania, percebendo que cada homem é diferente e que tem suas particularidades, irá contribuir para o desenvolvimento de sua racionalidade. Chegar de forma coletiva as Luzes é levar toda a humanidade pelo caminho da educação, enfrentado todas as barreiras.  Quando nos reportamos aos pensamentos de Kant temos verdadeiro significado da cidadania e a possibilidade de vida digna para toda humanidade.

 Vale ressaltar que o papel do educador é de total relevância, inclusive no que tange o exemplo da moralidade e disciplina e que além disto deve levar os seus alunos a uma educação que os leve a ter uma visão sempre melhor da humanidade. Outro fator relevante para afirmação de Kant é que estes jovens educandos devem ser ensinados a terem um compromisso com a melhoria da coletividade, superando até mesmo desejos individuais, desejando que cada homem vença os seus limites, tendo uma postura responsável diante do mundo. Termino aqui estas reflexões com alguns dos preceitos com que filósofo Kant finaliza suas lições:

 “Deve-se orientar o jovem à humanidade no trato com os outros, aos sentimentos cosmopolitas. Em nossa alma há qualquer coisa que chamamos de interesse: 1.por nós mesmos;2.por aqueles que conosco cresceram; e por fim, 3. Pelo bem universal. (...) Eles devem alegrar-se pelo bem geral mesmo que não seja vantajoso para a pátria, ou para si mesmo. (...) É preciso orientá-los sobre a necessidade de, todo dia, examinar a sua conduta, para que possam fazer uma apreciação do valor da vida, ao seu término”. (p. 106-107)

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
 Somente pela educação é que poderemos ter a experiência mais profunda do ser. A humanidade desde a antiguidade sempre foi sedenta pela verdade, mas muitas vezes procurou fora delas. A verdade está dentro de cada pessoa e  a nossa contribuição como educadores é querer sempre mais o melhor para nós e para o próximo, ter idéias coletivas.  A tese de Kant de levar o homem a ser Homem pela educação é realmente a única forma para tal experiência. A educação possibilita disciplinar a nós mesmos num processo de descobertas e questionamentos capazes de renovarmos a cada vez que tenhamos experiências de aprendizagem novas. Através da educação podemos olhar as mesmas coisas. porém com olhar diferente, sempre renovado.

REFERÊNCIAS:
 KANT, Emmanuel. Crítica da Razão Prática. Tradução de Artur Mourão. Lisboa: Edições 70, 1986.
-----.Sobre a Pedagogia. Tradução de Francisco C. Fontenella. 2 ed. Piracicaba: Editora UNIMEP, 1999.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1990.
MAKIGUTI, Tsunessaburo. Educação para uma vida criativa. Rio de Janeiro: Record, 2004.
MENEZES, E. Kant e a idéia de educação das luzes. Educação e Filosofia, v14, nº 27/28.Uberlândia, 2000.
PILETTI, Claudino. Filosofia da Educação. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991.
 PILETTI, Claudino; PILETTI, Nelson. Filosofia e História da Educação. 6 ed. São Paulo: Ática, 1988.
TIBA, I. Disciplina: limite na medida certa. Rio de Janeiro:Zahar, 1998.
 

Fonte da Notícia: www.webartigos.com      Publicado: 30/05/2012

Projeto Colorir


Quem Somos

A OSCIP COLORIR Criando Valores – É uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, certificada pelo Ministério da Justiça de Brasília. (Fonte: DOU, de 02/03/2010); Organização Social de Ulitilidade Pública da Serra – LEI nº 3893, de 18 de junho de 2012; Participa do Conselho da Criança e do Adolescente de Serra desde 2012; Integra a Rede de Apoio à Criança e Adolescente de Serra desde 2011; Certificada como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil em parceria com a UNESCO; É uma das entidades pioneiras do movimento 3º setor conectado (grupo do 3º setor do ES), promove ações contra a violência e a depredação de caráter preventivo e educativo em escolas e comunidades desde o ano de 2003.

NOSSA  MISSÃO:

Desenvolver a Consciência Social disseminando a Cultura de Paz, a Educação Humanista e a Educação de Valores nas relações de qualquer natureza, atuando no aprimoramento de pessoas e organizações nacionais e internacionais.

NOSSA  VISÃO:

Ser uma Instituição referência, por sua atuação ética, transparente e eficiente na aplicação da tecnologia social de criação de Valores Humanos. Ampliando sua atuação e parcerias.

NOSSOS  VALORES:

V – Valorizar a Vida. – Que está em nós e no mundo do qual somos parte nas relações de interdependência.
A – Avançar continuamente. – Com ações concretas para o desenvolvimento pessoal e social instrumentalizando a esperança.
L – Lapidar Valores. – Oportunizando espaços para experimentar, identificar e incorporar valores humanistas.
O – Orientar para o sucesso. – Desenvolvendo a autonomia para tomadas de decisões pró-ativas.
R – Respeitar a diversidade. – Como condição necessária para o convívio social democrático.
E – Educar para a Paz. – Utilizando o diálogo como instrumento de comunicação na produção coletiva de idéias para resoluções de conflitos desenvolvendo uma postura resiliente.
S – Ser socialmente responsável – Identificando formas de atuação solidária em situações cotidianas no exercício da cidadania.

NOSSA METODOLOGIA:

V – Ver
J – Julgar
A - Agir

NOSSOS EIXOS NORTEADORES:

EDUCAÇÃO HUMANISTA
EDUCAÇÃO PARA A CULTURA DE PAZ
EDUCAÇÃO PARA CRIAÇÃO DE VALORES
 





Diretores 2013/2015:

José Eugênio Castro Fernandes - Diretor Presidente
Psicopedagogo Clínico e Institucional – ABPC – Associação Brasileira de Psicanálise Clínica, Professor do Ensino Fundamental (20 anos de atuação no Magistério – de alfabetização ao 5º ano), Desenvolvimento de Pessoas (RH) - FAESA, Coordenador e Co-autor do Projeto Colorir (9 anos - Elkem – Responsabilidade Social), Diretor Executivo da OSCIP (2 anos - Colorir Criando Valores), escritor e co-autor da Coleção Colorido e sua Turma (livros paradidáticos do programa COLORIR) e Artigos Acadêmicos publicados, ator amador (SESI-curso) e Contador de Histórias.
Rita de C. C. Fernandes dos Santos - Diretora de Relações Institucionais
Pedagoga Especialista - Contadora de História, Professora do Ensino Fundamental (23 anos de atuação no Magistério - de alfabetização ao 5º ano), Escritora, Palestrante, Consultora Educacional e Organizacional, Pós em Gestão Empresarial e Gestão Social - Criação, aplicação e acompanhamento de Projeto de Resp.Social-COLORIR (desde 2003) e Diretora Presidente da OSCIP Colorir Criando Valores.
Escarlena Teixeira Pacifico - Diretora Executiva
Psicóloga – Palestrante, Consultora Organizacional, Coaching, Especialista em Trabalhos de Grupos – Dinâmicas, MBA em Gestão de Pessoas, Aplicação e Acompanhamento do Projeto COLORIR.(desde 2005)
 
Conselho Fiscal 2013/2015:
Norma Suely Louzada
Diretora da EMEF ANTONIO VIERA DE REZENDE - ESCOLA INTEGRADA AO PROGRAMA COLORIR.
 
Claudia Oliveira do Nascimento
Representante da Comunidade e mãe de aluno - SERRA DOURADA I
 

 

Felicidades Aos Professores Pelo Seu Dia!

Feliz dia dos Professores!
Outubro de 2013........Que Deus conviva com todos. Sejam felizes!




 
Equipe UMEF Edson Tavares de Souza - 2013.

Por onde deve começar o planejamento estratégico de uma empresa?


 


Tudo estaria muito correto se não faltasse o que sempre falta: a avaliação rigorosa e criteriosa das pessoas, do time que vai fazer tudo isto acontecer.

 

Normalmente, MBAs, livros e consultores recomendam que comece pela identidade organizacional (definição de Missão, Visão e Valores) ou pela determinação das metas para o próximo ano. Depois vêm a análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças), fatores críticos de sucesso, desenho de cenários, simulações de receita e de despesas, elaboração de planos de ação (projetos, investimentos), análise de riscos etc.

Tudo estaria muito correto se não faltasse o que sempre falta: a avaliação rigorosa e criteriosa das pessoas, do time que vai fazer tudo isto acontecer. Por onde deve começar o planejamento estratégico, portanto? Deve iniciar pela avaliação do time que temos ou que não temos. A estratégia precisa ser adequada ao time. Ou então a estratégia precisa de um novo time, mas a equipe deverá ser sempre o ponto de partida. Nunca vi alguém recomendando isto, a não ser Jim Collins no célebre livro Feitas para Durar, quando escreve: “...primeiro defina o Who, depois determine o What”. Primeiro, quem. Depois, o que fazer.

Muitas vezes, as empresas reúnem uma equipe sem a condição técnica necessária para planejar. O que fazer então, senhor gestor? Antes de planejar, capacitar sua equipe ou contratar outros, solução normalmente muito difícil e pouco prudente. Capacitar também é difícil e pode render frutos apenas no médio e longo prazos. Contratar excelentes consultores no seu negócio ou simplesmente gente do mercado que possa ajudá-lo e misturá-los com sua equipe interna parece ser a melhor saída. Poucos utilizam esta saída. Aliás, muitos nem consideram qualquer solução. Planejam as melhores técnicas com profissionais que podem não ter preparo para executá-las. Não é coerente.

Planejamento não é um jogo de adivinhação ou uma sessão de palpites. Definitivamente, o brainstorming é ferramenta ultrapassada de amadores. Profissionais modernos utilizam ciência, ou seja, dados, fatos, evidências, análise. Quando o planejamento é deficiente, tudo o mais é deficiente. Li uma entrevista do Lula (28/10) sobre a criminalidade no Rio.

Disse o presidente: “o problema (o crime) é difícil, senão já teriam resolvido...bandidos são pessoas anormais, pegam em armas e se movimentam muito, o que torna a situação muito complicada para pessoas normais como nós, que não pegam em armas. Mas vamos resolver”. Ao ler a entrevista, lembrei-me de alguns gestores que conheço: eles sempre conceituam tudo novamente, afirmam que é difícil mas que vão resolver.

E o tempo passa sem que os resultados cheguem. Que bandidos são assim, Pedro Álvares Cabral já sabia. Que a situação é difícil, Monteiro Lobato já havia avisado. Que metas são difíceis de alcançar, qualquer idiota sabe. Não precisamos no planejamento (ou nas entrevistas do presidente) desta conversa fiada. Precisamos da solução. Mas por que uns e outros praticam a conversa boba?

A resposta é muito simples: porque não sabem a solução e porque precisam dizer algo. Enfiaram um microfone na boca do presidente e ele tinha que dizer algo. Colocaram o gerente dentro da sala de planejamento, ele tinha que dizer algo. Seria cômico, não fosse trágico. O método de planejamento estratégico não vai funcionar se for utilizado por pessoas sem preparo. Uma Ferrari não anda direito pilotada por um carroceiro. Algo mais ou menos assim.

Começar o planejamento pelos donos com ajuda externa e avaliação da equipe. Preparar a solução para cobrir as deficiências da equipe. Somente depois, usar SWOT, definir Visão etc. Não é à toa que a maioria dos planejamentos estratégicos não passa de uma piada.

Paulo Ricardo Mubarack
- consultor de gestão, qualidade, administração de pessoas, rh, iso9001 e autor do livro empresas nuas

PROCESSOS DA EDUCAÇÃO


    *  Por Monique Beltrão.

Sampaio (2004), quando diz que a educação é o caminho para a realização humana afirma que diante do atual contexto, a educação exerce um papel fundamental no resgate do seu real significado: educare  - puxar para fora, ou seja, colocar para fora todo o  potencial interno no desenvolvimento dos valores humanos, pois o homem nasce e se aperfeiçoa com aquilo que já tem em potencial.

O termo educação tem um sentido abrangente. Fala-se em educação formal, educação não formal, educação continuada, educação a distancia, educação ambiental e educação sexual. Sob o ponto de vista legal, a educação tem, quase sempre, sentido limitado. Na legislação anterior, era sinônimo de ensino, seja de ensino regular. Seja de ensino supletivo.

Chalita (2001) afirma que a Constituição Federal do Brasil de 1988 é considerada o grande instrumento de cidadania e dignidade, pois a sua promulgação foi á reconquista da liberdade sem medo, e por meio dela, a educação ganhou notável relevância. A constituição assegura, pelo menos no plano formal, a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a produção artística, intelectual e a valorização da autonomia e da participação popular.

O artigo 205 da Constituição Federal determina que a educação é um direito de todos – ricos e pobres, negros e brancos, mulheres e homens, índios e filhos de estrangeiros, habitantes da cidade ou da zona rural.  E o Estado brasileiro é também, responsável por fazê-la valer. A colaboração da sociedade tem o sentido de assegurar que o ensino seja compartilhado, que os projetos educacionais sejam desenvolvidos de forma consensual e participativa. (CHALITA, 2001).

Desta forma, o autor acima citado afirma que o pleno desenvolvimento da pessoa humana acontece em todas as dimensões, e não contempla apenas os aspectos cognitivos, mas o ser humano em essência. Por isso a importância dada ao incentivo da cultura, às práticas esportivas, à convivência social, ao cuidado com o meio ambiente.

No Brasil, afirma Chalita (2001) somente em 20 de dezembro de 1996 com LDB 9394/96 passou a ter importância na concretização desses ideais e princípios constitucionais. Vários de seus artigos demonstram preocupação com uma educação mais abrangente, valorizando o desenvolvimento do ser humano como um todo.

O artigo 2º da LDBN anuncia que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, e tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho ( LDBN 9394/96, p. 246).

De acordo com Manacorda (1997) apud Carneiro (1998), a educação deve ser concebida como um processo onde ciência e trabalho se coincidem. Assim, o objetivo essencial da educação científica é a ominilateralidade do homem, visto que é no trabalho que ele se realiza.

O trabalho é o chão firme das chances de liberdade para o ser humano. Aprender, portanto, é conhecer e aprender a fazer. A liberdade das potencialidades humanas é a condição prévia da educação. Este alicerce de todo o processo de realização individual e coletivo não pode permanecer divorciado da educação.

A educação é um objeto de análise completo e complexo, enquanto tema é infinito e generoso. A temática da educação gera polêmica e desperta diversos questionamentos. Questionamentos estes que dizem respeito ao que se ensinar? Para quê? E para quem? Nas palavras de Codo(1999):

 

Trabalho é o nosso objetivo de pesquisa, condições objetivas de trabalho, a nossa área. A esperança é a de que um olhar de fora possa ajudar, mesmo sem nunca substituir o olhar dos profissionais que dedicam suas horas ao tema: educação (CODO, 199, P.37).      

Necessário, em uma escola, que se visite a dureza e a satisfação, é preciso observar no dia-a-dia, as alegrias e as tristezas, prazeres e desprazeres dos educadores, professores e outros participantes do processo. O que se cera é trabalho duro, uma verdadeira máquina que não pára, está sempre funcionando; no entanto pouco se lê e ouve falar do educador e da educação (CODO, 1990).        

De forma simplista, é possível definir educação como um processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano, um ato ou efeito de educar. Assim é interessante perguntar: Onde começa e onde termina a educação? Mas se pensarmos bem, a resposta basicamente circularia em termos dos mesmos elementos reticentes: começa em qualquer lugar, em nenhum lugar, em todos os lugares, nunca termina; acompanha cada homem, cada mulher, desde o primeiro passo, ao último suspiro. Cada chance, cada experiência a cada minuto, contribui para formar patrimônio que vai se acumulando invisível no caráter de cada um de nós, coisa que ninguém vê e todos nós somos capazes de reconhecer. Desta forma:

 

Melhor enfatizar que, mesmo em nível de senso comum, a primeira olhada nos arrasta até a constatação de que a educação não tem um lugar, ocupa todos os lugares, não tem início ou um fim, acompanha todos os gestos, todas as crenças e intenções (CODO, 1999, p.39).
*Monique Beltrão
Pedagoga
Psicopedagoga
Especialista em Direito Educacional
Mestra em Educação
Escritora
Mediadora e Palestrante
 

sábado, 29 de junho de 2013

Concepção Escolar da Leitura.


Por Monique Beltrão.
            Muitos professores reclamam que os alunos não gostam de ler. Mas se formos analisar a concepção de leitura na escola, veremos que eles tem razão.
            1º - Há uma grande pobreza no ambiente de letramento.
            2º - A formação precária de profissionais da escrita que não são leitores.
            O francês Bellenger pontua bem quando diz que “leitura e desejo...”e que “pouco a pouco o desejo desaparece sobre o prazer”.
            Infelizmente não é isso que verificamos nos alunos e nas escolas.
            Na escola, leitura é uma atividade árida, e muitas vezes sem prazer. São utilizadas práticas desmotivadoras, que provém , basicamente de concepções erradas sobre a natureza do texto e da leitura.
            Para muitos alunos a leitura é difícil demais justamente porque ela não faz sentido.
            Para muitos o saber lingüístico está desvinculado do uso da linguagem: Ou reivindicam a regra gramatical ou a decifração de letras e sílabas como um fim em si mesmo.
            É preciso que se faça um exame de como tem sido a prática.
            1 - Como tem sido para os alunos as concepções sobre texto.
            a) - O texto é visto como conjunto de elementos gramaticais. O texto é apenas um pretexto para o ensino de regras sintáticas.
            Nos exercícios notamos que os alunos tem que copiar palavras do texto, sublinhar ditongos etc.
b)  - O texto é visto como repositório de mensagens e informações, na crença de
 que o papel do leitor é extrair informações através do domínio das palavras.  Isso traz uma séria conseqüência um leitor passivo e disposto a aceitar a contradição e a incoerência.
            2 - Concepção de Leitura.
            a) - Leitura como decodificação.
            Muitas vezes a leitura se reduz a ser um mapeamento entre a informação gráfica da pergunta e sua forma repetida no texto.
            Essa prática muitas vezes é mecânica e despensa qualquer engajamento intelectual.
            Outra prática incorreta é o descaso em relação a voz do autor. Quase não se encontra perguntas assim “você” acha que o autor esta certo?
b)  - A Leitura como avaliação.
            Esse tipo de prática inibe, ao invés de promover a formação de Leitores.
            Há uma prática nas primeiras séries que é o aferimento da capacidade de leitura. Essa prática só prejudica a formação de bons leitores. Além de afetar a autoconfiança, atrapalha o desenvolvimento da compreensão.   
                A leitura muitas vezes é cobrada mediante resumos, relatórios e preenchimentos de fichas, reduzindo a atividade a uma avaliação desmotivadora.
            Muitos constróem o conceito que leitura “fora da escola” é prazer e dentro da escola é dever.
            Devemos levar o aluno a perceber quando a experiência dele enquanto leitor é indispensável para construir o sentido do texto.
            A leitura tem que ser entendida como entendida como interlocução.
                As concepções sobre o texto e leitura são então:
            1 - O texto como conjunto de elementos gramaticais.
            2 - O texto como repositório de mensagens e informações.
            3 - A leitura como decodificação.
            4 - A leitura como avaliação.

            A união dos aspectos que fazem da atividade escolar uma paródia (imitação) da leitura se integram em uma concepção autoritária da leitura que parte do pressuposto de que há apenas uma maneira de abordar o texto e uma interpretação a ser  alcançada. Essa concepção de leitura permite muitas deturpações que agora resumimos:
             Análise de elementos discretos ao invés de serem analisados os elementos relevantes e/ou representativos que são os que realmente contam para a significação do texto.
             A dispensabilidade da experiência do aluno quando esta é indispensável para a construção do sentido pois as leitoras são reconstruções de significados algumas mais e outras menos adequadas, segundo objetivos e intenções do leitor.
             A leitora deve ser entendida como interlocução, sendo apenas uma das atividades da linguagem, interlocução só que à distância. Também a leitura é produto de uma intencionalidade escrita por alguém com alguma intenção de chegar a alguém para informar, persuadir, influenciar, etc.
                Pois bem juntando as concepções equivocadas de texto e leitura as abordagens metodológicas utilizadas em sala de aula justifica-se a falta de interesse dos alunos.
            A partir de uma pesquisa feita com 60 professores  foi elaborado um roteiro que mostramos a seguir para um estudo de texto.
            1 - Motivação do aluno, através de uma conversa sobre o assunto geral do texto.
            2 - Leitura silenciosa, sublinhando palavras desconhecidas.
            3 - Leitura em voz alta, por alguns alunos, ou por todos em grupo.
            4 - Leitura em voz alta pelo professor.
            5 - Elaboração de perguntas sobre o texto por parte do professor, quase sempre com elementos explícitos.
            6 - Reprodução do texto (ou outra atividade de relação ligada ao tema do texto)
            (ensino gramatical mediante o ditado de palavras retiradas do texto, ou outras.)

            A prática de sala de aula, não apenas da aula de leitura, não propicia a interação entre professor e aluno.
            Em vez de um discurso construído entre professor e aluno, temos um monólogo onde o professor transmite para os alunos uma versão, que possa ser a versão autorizada do texto.
            Mas, por pesquisas recentes sabe-se que é durante a interação que o leitor mais inexperiente compreende o texto, durante a conversa sobre os aspectos relevantes de texto.
            Na aula de leitura, em estágios iniciais, o professor serve de mediador entre o aluno e o autor.

Processamento

A leitura e como se lê esta embasada em modelos definidos. Estes modelos, lidam                                    
com a relação entre sujeito leitor e o texto enquanto objeto, entre linguagem escrita e compreensão, memória, influência e pensamento. Este leitor compreende o texto, trabalha o texto na mente e armazena na memória as informações necessárias e as vezes as não necessárias.
            O conhecimento do aspecto psicológico, cognitivo da leitura é importante porque ele pode nos alertar de maneira segura contra práticas pedagógicas que inibem o desenvolvimento de estratégias adequadas para processar e compreender o texto. A partir dele, entendemos como muitas vezes o processamento torna-se mais difícil.  
            Entendemos o texto, a partir das funções superiores que estão envolvidas, para construir o sentido do texto.
            Nos deparamos com o professor, focalizando aqueles aspectos que apontam para a adequação ou não de abordagens pedagógicas. Daí, necessariamente a ação de uma pedagogia facilidadora.
O processamento do objetivo:

            Material Escrito
                          ß
            olhos “input”
                           ß
            Memória de Trabalho ® Local onde organiza em unidades sintáticas, segundo
                                                   regras e princípios de nossa *gramática implícita,    o
                            ß                     material( palavras, chave, frases, etc.)
            
            Fatiamento   ®                 capacidade do leitor estocar o material que está  
                                                     entrando mediante a percepção e para agrupá-lo
                         ß                          em unidades significativas com bases no conhe-
                                                     cimento da língua.
              
            Memória Intermediária.

                        ß                                               ­

            Memória Semântica./Memória profunda. “Feed - Back”             
             
                                                           *Gramática Implícita - Conhecimento que temos por
                                                            sermos falantes da língua . Diferente do conheci    -
                                                              mento adquirido na escola.


            A memória de trabalho é uma capacidade finita e limitada um vez que não pode trabalhar com mais de aproximadamente 7 unidades ao mesmo tempo: à medida que vão entrando as unidades, a memória precisa ser esvaziada de modo que permaneça entre 5 e 9 unidades sendo trabalhadas.
            O interessante aqui é que não importa o tipo de unidade usada par o FATIAMENTO. Precisa-se apenas uma unidade significativa. Seja: letra, sílaba, palavra e números que no caso; podemos percebe-los como dígitos ou como unidades com significados.
            Exemplo:
                        Data Importante.
                        Número de Telefone.
                        Número de Casa num Endereço Familiar.

            A Percepção do Objeto.

            A percepção do objeto é individual, não percebemos tudo que vemos e não reagimos da mesma maneira. O que é semelhante na percepção do texto através dos olhos é o tipo de mecanismo usado para apreender o objeto.
            Possuímos um MOVIMENTO SACÁDICO durante a leitura, os olhos se fixam num lugar do texto e depois pula um trecho, para fixar em outro mais distante. O MOVIMENTO SACÁDICO  permite uma leitura rápida, porém não parece nada com leitura dinâmica.
            Durante a leitura o próprio leitor utiliza com o material a maneira correta e cômoda para se ler. O leitor lê, repete, volta; quando não compreende. Grande parte do material que lemos é adivinhado ou inferido, não é diretamente percebido, reconheço as palavras como as pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia ou de nossas relações. Portanto, só de começar a ler a palavra, sem querer já adivinhamos qual é, mesmo que ela esteja escrita.

            A Memória de Trabalho.

            Nossos olhos correm durante a leitura, porque lemos tão rapidamente?
            - Para podermos organizar os traços no papel em material significativo.

Letra   ®  Sílaba   ®   Palavras   ®   Frases   ® Proposições e Significações.

            A memória de trabalho estoca o material e permite a organização em unidades sintáticas, segundo regras e princípios de nossa Gramática Implícita; conhecimento que temos por sermos falantes da língua, não em relação ao conhecimento gramatical adquirido na escola.
            É a capacidade do leitor de estocar o material que está entrando mediante a percepção e para agrupa-lo em unidades significativas.
            No início a leitura será muito mais difícil para o leitor e por isso ela fica quase que limitada à decodificação, se o professor não tornar a atividade comunicativa, dificultará o processo.
            O professor deverá favorecer o processamento INTERATIVO;TOP-DOWN que vão do conhecimento do mundo, para nível de decodificação da palavra ou conjuntamente com estratégias de pensamento BOTTOM-UP
            O leitor que lê vagarosamente com certeza deverá ter dificuldade de aprendizagem, onde não conseguirá perceber o que já leu no decorrer do texto. O professor deverá favorecer este leitor, inicialmente dando-lhe atividade prévia a leitura. Um exemplo seria trabalhar com palavras chaves do texto.
            A leitura em voz baixa pela criança, ou em voz alta pelo adulto, cumprem os dois objetivos de servir de modelo e de criar contexto de aprendizagem.
            Em determinadas pesquisas mostram que quando a criança ao ler troca palavras, “erra”, por palavras do mesmo sentido sem que estejam escritas, mostra que certamente essa criança está percebendo o sentido do texto.

            Dificuldades no Processamento: Diferenças entre a Forma Escrita e a Falada.

            Linguagem escrita dificuldades, linguagem oral relativa facilidade.
            A escrita só se torna mais fácil, quando existe uma situação de relação entre os interlocutores. Isto é, a função interpessoal, seria a mais importante.
            Já na leitura, as condições da interlocução são muito diferentes, sendo a distância entre os interlocutores uma fonte de grande número de dificuldades. Existe ali um autor responsável pelo fio unitário de significação presente no texto.
            Outra fonte de dificuldade é quando o texto apresenta diferenças entre o texto escrito e a fala. Na escrita podemos rescrever, registrar, rever, apagar, elaborar novamente, revisar para resultar em diferentes estruturações; contudo, pode causar dificuldades para o processamento, para a apreensão do objeto do ponto de vista cognitivo.
            Só conseguimos entender a escrita quando conseguimos entender as palavras, as estruturas da linguagem escrita e o vocabulário, por outro lado, perde-se o sentido e nos tornamos com dificuldades em decodificar ou concluir a mensagem.
            No entanto, o professor deve estar atento para resolver as dificuldades que o uso de estruturas típicas da escrita que podem causar para o leitor dificuldades no entendimento, por muitas das vezes a linguagem ser desconhecida para o leitor. Como por exemplo os próprios livros didáticos.

            Tornando o processo mais complexo.
            A Leitura do Livro Didático.

Segundo a autora, o livro didático contém estruturas sintáticas complexas.
Essas estruturas são intercalações ou encaixes, inversões de ordem canônica, anáfora que são mecanismos para ligar e retornar palavras que se referem a uma mesma coisa no texto.

Intercalações e Encaixe.

Estruturações que enterropem o processamento de uma determinada unidade, como orações com opostos, orações adjetivas. A continuação pelo processador não se concretiza devido a presença desse material, que interrompe a seqüência.
  Os elementos intercalados geralmente dificultam o processo pelo fato de tornarem mais complexa uma determinada unidade.

Inversões de Ordem Canônica.

Outro fator que pode trazer dificuldades para o processamento pode ser causado por diversas rupturas da ordem canônica. Quando um tema deixa de ocupar um lugar talvez mais esperado, imediatamente depois do verbo transitivo, na seqüência sujeito, verbo e objeto.

Anáfora.

Faz parte do processamento do texto a construção de ligações, ou ELOS COESIVOS, que permitem relacionar e retornar elementos do texto à procura de significados consistentes com o que já processamos e coerentes com o nosso conhecimento. Um tipo de construção de elos coesivos tem a ver com a atribuição de referências extra textual ao elementos que se repetem no texto.
O leitor eficiente pode recuperar automaticamente esses elementos, mas o leitor menos proficiente perde de vista, tanto o que se esta dizendo como de quem.






Por: Monique Ferreira Monteiro Beltrão.
Pedagoga, Psicopedagoga
Especialista em Direito Educacional
Escritora
Professora Universitária
Mestra em Educação.